Vinhos pontuados – conheça os melhores vinhos argentinos

Ao procurar por bons vinhos você já deve ter visto alguns com pontuações em destaque, mas você entende o que elas significam? Hoje vamos falar sobre esse assunto e te indicar uma seleção dos melhores e mais bem pontuados vinhos argentinos da atualidade.

Métodos de avaliação de vinhos

Os métodos de avaliação de vinhos seguem diferentes linhas de raciocínio e envolvem muitas categorias, como o terroir, as influências climáticas, a tipicidade da região, a composição das uvas, os tipos e tempos de amadurecimento, as características olfativas e gustativas, entre outras. Logo, um mesmo rótulo costuma receber pontuações diferentes dependendo do método de avaliação ao qual foi submetido.

A verdade é que a avaliação de alguns críticos especializados no mundo do vinho influencia muito no mercado, inclusive sobre o preço final dos exemplares. Sendo assim, vinhos mais bem pontuados tentem a ser mais caros, mas não necessariamente os mais caros são os melhores vinhos. É importante lembrar que o método de avaliação por pontuação não indica quão saboroso é um vinho, já que esta análise é subjetiva e depende de gosto e preferência pessoal.

Para quem aprecia vinhos, a pontuação serve como uma indicação de qual rótulo tomar para estar atualizado com as melhores bebidas do mercado, mantendo alto seu nível de degustação, porém não devemos esquecer que o melhor rótulo é aquele que agrada o nosso paladar, independentemente da pontuação, fama ou preço.

Avaliadores de maior renome e relevância internacional

  • Robert Parker (RP) – Robert Parker é uma das maiores autoridades no mundo do vinho. Suas notas possuem o poder de fazer desaparecer ou encalhar rótulos nas prateleiras de lojas do mundo inteiro. Ele publica um guia bimestral chamado Wine Advocate e avalia exemplares de todo o mundo, seguindo uma escala de 50 a 100 pontos, escala inventada por ele e que hoje é amplamente utilizado por outros pontuadores.
  • James Suckling (JS) – Outro nome forte dentre os críticos de vinhos, James Suckling foi editor chefe da revista Wine Spectator, para a qual trabalhou por quase 30 anos. Pelas suas contas, já degustou mais de 200 mil rótulos. Os rótulos são classificados de acordo com a escala de 100 pontos.
  • Wine Spectator (WS) – A revista norte-americana existe desde 1996 e contém mais de 250 mil resenhas enólogas, suas avaliações têm grande influência no mercado americano. Também utiliza a escala de pontuação de 50 a 100 pontos.
  • Wine Enthusiast (WE) – Revista considerada a terceira maior dos EUA, que avalia os vinhos com o sistema de 50 a 100 pontos.
  • Guia Descorchados (GD) – Uma equipe de enólogos chilenos produz o Guia Descorchados, um livro anual com avaliações de vinhos brasileiros, chilenos, argentinos e uruguaios, utilizando o sistema de 50 a 100 pontos.
  • Decanter (DWWA) – A Decanter Magazine é uma revista britânica criada em 1975 e distribuída em mais de 90 países. Até 2012, adotava um sistema de classificação de vinhos de 0 a 5 estrelas, desenvolvido pelo crítico Michael Broadbent. Desde então, utiliza uma composição formada pelos sistemas de 20 pontos e o de 100 pontos. Liderada pelo renomado crítico Stephen Spurrier – o mesmo do Julgamento de Paris – promove desde 2004 a Decanter World Wine Awards (DWWA), um prestigiado concurso internacional de vinhos.

O que significa a escala de pontos?

Há pequenas variações na escala e na nomenclatura das avaliações, mas em geral a escala de pontuação se divide da seguinte forma:

100 a 95: vinhos extraordinários, clássicos e livre de falhas

94 a 90: vinhos excelentes e complexos

89 a 85: vinhos muito bons, com poucas falhas

84 a 80: vinhos bons e acima da média

79 a 70: vinhos médios, com falhas, mas aceitáveis

69 a 60: vinhos abaixo da média, com muitas falhas, não recomendados pelos avaliadores

59 a 50: vinhos de baixa qualidade, com muitas falhas, não recomendados pelos avaliadores

Nossa seleção

Tendo isso em mente, preparamos uma seleção de excelentes vinhos argentinos e te convidamos a avalia-los também:

Nosotros Single Vineyard Nomade Malbec 2013 – 99 JS | 92 RP

Este excepcional vinho argentino provém da vinícola de Susana Balbo, reconhecida por seus vinhos bem pontuados. Trata-se de um vinho de cor rubi intensa com aromas de cereja preta, groselha preta, notas de violeta e pimenta preta combinadas com sabores de chocolate e baunilha de sua longa permanência (16 meses) em barricas de carvalho francês. Apresenta um equilíbrio perfeito entre os aromas de frutas vermelhas frescas e madeira. É um vinho sofisticado com taninos doces que oferece uma suavidade incrível na boca e um final persistente.

Vinyes Ocults Gran Malbec 2014 – 97 DWWA

O nome Vinyes Ocults, que em catalão significa “Vineyard Invisível” refere-se à realidade de sua localização, está escondido no coração de um shopping frondosa, não é facilmente acessível para um transeunte e que a área não abundam plantações de videira. Se olharmos para o rótulo, a imagem do crânio na forma de uma máscara simboliza a possibilidade de olhar o mundo através de seus olhos imaginários. O vinho concentra a escuridão, a magia e o mistério, uma alquimia que pode ser contemplada; existe e adquire significado. Mas, além disso, na cultura asteca, o crânio é um tributo à vida em face da morte. É minha homenagem ao México, terra quente, que me permitiu passar por sua história, se deleitar em seus rituais vernaculares e conhecer seu profundo sentido espiritual. O vinho é amadurecido 12 meses em carvalho francês, apresenta cor violeta profundo, tem sabor intenso e fresco, lembrando frutas pretas, violetas e hortelã. Os aromas de baunilha e chocolate amargo contribuídos pelo barril estão em perfeito equilíbrio com os descritores varietais. A excelente simetria entre acidez, álcool e taninos redondos e maduros definem um vinho vivo com muita personalidade e final persistente e sedutor.

Bressia Conjuro 2012 – 95 GD | 91 RP

Este belo vinho argentino é proveniente de uvas de alta qualidade cultivadas no Vale do Uco, em um blend de Malbec, Cabernet Sauvignon e Merlot. Foi envelhecido por 18 meses em novos barris de carvalho francês e americano, depois em garrafa por 24 meses. Os seus aromas elegantes e expressivos preparam-nos para beber um vinho amplo e encorpado, muito elegante e com um final longo e untuoso.

Zorzal Field Blend 2012 – 93 GD | 92 RP

Os vinhedos da vinícola Zorzal situam-se a 1350 metros de altitude, um dos cumes mais altos da América do Sul, em uma pequena sub-região de Mendoza chamada Gualtallary. Este vinho de corte (55% malbec e 45% cabernet sauvignon), envelhecido em barrica de carvalho por 22 meses, apresenta sabores de frutas negros, como, groselha e amoras maduras, folhas verdes, notas de mentol e tabaco com alcaçuz, anis, especiarias, pimenta e kirsch.

Escorihuela Gascon Pequenas Producciones Malbec 2015 – 92 JS

Sendo um dos ícones da Bodega Escorihuela, este Malbec mostra aromas pronunciados de violetas, cassis e cerejas escuras. No paladar é elegante e estruturado, com taninos macios, final longo e frutado. É um dos grandes vinhos da vinícola. 12 meses em barricas de carvalho francês e americano e mais 2 anos na garrafa.