A Borgonha é uma das mais famosas produtoras de vinho do mundo. Situada no centro-leste da França, a região tem o terroir perfeito para o desenvolvimento das uvas: solo rico, inverno rigoroso e verão quente, boa exposição aos raios solares, entre outros.
Além de, como um todo, já ter o clima e características propícias para o desenvolvimento excepcional das vinhas, a região é ainda dividida em microrregiões, cada qual com uma vantagem específica para a produção vinícola. Cada terreno com sua condição geológica e climática específica é chamado de climat — especialistas afirmam que climats com menos de 100 metros de distância entre si podem ter características totalmente diferentes.
Para organizar as qualidades dos vinho produzido em cada uma dessas microrregiões, a Borgonha tem mais de 100 denominações de origem, ou seja, documentos que atestam que determinado vinho só pode ser produzido naquela localidade. Existem 4 níveis das chamadas, AOC – Appellation D’Origine Controlée:
– Grand Cru : dada aos vinhedos que produzem bebidas do mais alto nível, apenas 1% do território tem essa categorização;
– Premier Cru: segundo nível mais alto, representa 10% dos vinhos;
– Village: denominação que acompanha o nome dos vilarejos onde os vinhos são produzidos e representa 37% da produção.
– Outros: 52% dos vinhos têm denominações distintas, com relevância mais regional.
Vinhos da Borgonha
De longe, a produção mais famosa da região é de Pinot Noir, uva natural da Borgonha que dá origem a vinhos com coloração vermelho claro, leves e elegantes. Essa cepa é bastante frágil e de difícil cultivo. Sendo assim, os especialistas de Borgonha conseguem se destacar na produção deste vinho.
Entre os tintos a região também cultiva a uva Gamay, proibida em algumas partes de Borgonha. O vinho a partir dessa espécie é delicado, frutado e leve.
Entre os vinhos brancos, se destaca na região a produção de Chardonnay. As bebidas feitas a partir dessa uva são complexas, amadeiradas e envelhecem muito bem. Outra uva que ganha destaque na região é a Aligoté, que produz vinhos brancos leves e frescos.
Além dos brancos e tintos, a região é famosa por dar origem aos chamados créments, vinhos espumantes feitos fora da região de Champanhe.
Muito além do vinho
Para quem gosta de unir paladar e turismo, a região é um prato cheio. A rota dos Grand Crus, por exemplo, é um grande atrativo turístico. Ela engloba os 60 km que ligam Dijon a Santenay e passa por mais de 38 vilarejos produtores de vinho – uma das características que mais chama atenção no caminho são os vinhedos murados, que foram feitos dessa forma para proteger a produção dos animais. O passeio pode ser feito de bicicleta e oferecer uma experiência diferenciada aos amantes de vinho.
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