Drinks prontos em latas são tendência em países da Europa e os Estados Unidos. De acordo com a Nielsen, a venda de bebidas como coquetéis, gim-tônica e mojitos em lata cresceu 40% entre 2018 e 2019. O método inovador e que se diz mais prático chegou também aos vinhos. A Vivant oferece, no Brasil, três opções de vinhos enlatados: tinto,rosé e branco.
Mas a intenção da empresa não é competir com os rótulos famosos e mais complexos da bebida. De acordo com o Felippe Siqueira, sommelier que ajudou na formulação do vinho em lata, o objetivo é democratizar a bebida. “Nossa proposta para os consumidores menos especializados é descomplicar e decodificar o vinho”, explica em entrevista ao Uol.
Praticidade
O processo de degustação de um vinho pode ser complexo para quem não o conhece afundo. Além disso, as diferentes opções existentes confundem muitas pessoas que não são especializadas e só querem ingerir a bebida em momentos descontraídos. A ideia de vinho em lata é justamente alcançar essas pessoas com uma bebida acessível e “direta”, ou seja, sem tantas opções.
A lata é vendida, em média, por R$ 16 e serve duas taças. O que ajuda a democratizar ainda mais o acesso à bebida, uma vez que muitas pessoas ainda acreditam que vinhos de qualidade são os mais caros.
Além da praticidade, a lata de alumínio foi a embalagem escolhida para este novo conceito de consumo de vinho porque é fácil de atingir a temperatura ideal da bebida ser servida.
O que vem dentro?
Não é todo tipo de vinho que pode ser enlatado. Bebidas complexas e que requerem tempo de guarda não amadureceriam bem dentro deste recipiente. Por isso, a opção da Vivant são vinhos pouco complexos, leves e jovens. O tinto vendido é um blend de Cabernet e Merlot, que apresentam taninos leves. Já o vinho branco é a base de Chardonnay e o rosé de uvas Syrah e Pinot Noir.
Além de leves, as opções são equilibradas no que diz respeita a notas de frutas, teor de açúcar e acidez. A Vivant diz que não há adição de açúcar na fórmula, preservando o gosto original da bebida.
De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Sommeliers do Rio de Janeiro, Joseph Morgan, em entrevista à revista Veja, “ a ideia de que a lata é sinônimo de má qualidade persiste, mas se alguém consumir um vinho branco às cegas não vai saber diferenciá-lo de seus concorrentes engarrafados”.
A empresa, que lançou os vinhos enlatados em janeiro de 2019, teve faturamento de R$ 1,2 milhão naquele ano, um montante 40% acima do projetado.
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