DEGUSTAÇÃO: Apreciar ou gostar de um vinho é como muitas outras atividades na vida: quanto mais você conhece, mais agradável é a experiência.Assistir uma partida de futebol por exemplo , quando você conhece as regras a partida fica mais prazerosa e emocionante. Da mesma forma, acontece com o vinho. A ideia de que você deve dedicar horas de sua vida com estudos sobre o vinho para formar uma opinião ou avaliar um vinho não é verdade. Você precisa apenas se familiarizar com algumas regras básicas.
1 TAÇAS PARA DEGUSTAÇÃO:
Tente pensar no vinho como um alimento em vez de uma bebida. Quando você vai a um restaurante, parte do seu prazer está na preparação, na apresentação e na aparência do prato certo? Sem falar nos aromas de um bom prato que podem trazer uma experiência sensorial maravilhosa. Os sentidos do paladar e do olfato estão tão interligados com a comida como estão com o vinho. O prazer de apreciar um bom jantar é um simples trabalho de percepção sensitiva que não necessita de treinamento formal ou habilidades especiais. O ritual de uma degustação de vinho segue uma maneira similar. Felizmente, o processo é simples e você já possui as principais ferramentas necessárias que o auxiliarão na deliciosa tarefa de degustar um vinho: língua, nariz, bagagem sensorial e memória olfativa e gustativa.
2 VINHO E COMIDA DEGUSTAÇÃO:
Ao iniciar uma degustação tenham em mente as seguintes observações:
1- Cor e a aparência do vinho;
2- Aromas;
3- Gostos;
4- Equilíbrio entre fruta, açúcar, acidez e taninos;
5- Persistência;
Há três coisas que você deve saber sobre a cor do vinho:
3 COR DO VINHO NA DEGUSTAÇÃO:
1- A cor vem da casca. Qualquer que seja a cor da uva, tinta ou branca, o suco é claro, quase transparente, mesmo da mais negra uva.
2- Cor e taninos estão intimamente relacionados: além da pigmentação, a casca é responsável pelos taninos. Então, quanto mais tempo o suco permanece em contato com as cascas, mais taninos esse vinho terá.
3- A cor é o primeiro indicador numa degustação. Se você colocar um vinho branco na taça e ele forem amarela palha com reflexos esverdeados, você pode esperar um vinho leve e cítrico; se for amarelo dourado, provavelmente é um branco mais encorpado e mais untuoso. Para o tinto, faça o teste do papel branco (incline ligeiramente a taça e posicione-a sob a luz e sobre um papel branco e observe): se apresentar boa transparência, você deve possuir um tinto leve, normalmente com boa acidez; se houver média opacidade, poderá ser um tinto de corpo médio que costumam ter taninos moderados; e se mostrar-se mais opaco e de coloração intensa, poderemos chamar de vinho tinto encorpado, com taninos mais evidentes.
As nuanças de cor também nos passam informações. Um vinho branco mais translúcido, de coloração amarela clara ou com reflexos esverdeados, indica vinhos mais jovens, cheios de vivacidade e aromas frutados; um branco menos brilhante, de amarelo dourado ou âmbar, costuma ser mais envelhecido, ganhando harmonia, delicadeza e complexidade aromática. Já os tintos com cor intensa e mais fechados (vermelho ou púrpuro) indicam um vinho jovem, com aromas pronunciados de frutas, boa acidez e taninos perceptíveis; ao passo que um tinto com tons granada ou atijolados indica vinho mais envelhecido, com complexidade aromática e com acidez e taninos mais integrados.
4 AVALIAÇÃO DE DEGUSTAÇÃO DE VINHOS:
Olfato e paladar estão intimamente relacionados. Aproximadamente 80% do que sentimos ao provar algo depende enormemente da cooperação do nosso olfato, isto é 80% do que percebemos no palato é atribuído ao sentido do olfato. Qual de nós nunca perdeu o paladar quando está resfriado com congestão nasal?
Ao descrever os aromas de um vinho, existem dois pontos chaves a serem lembrados. O primeiro aspecto a ser descrito diz respeito à intensidade dos aromas (altamente aromático, convidativo, ou mais sutil e tênue. O segundo aspecto deve ser a descrição daquilo que o aroma do vinho o faz lembrar.
Logo em seguida , listamos, por grupo e por tipo específico, algumas características aromáticas dos vinhos:
FRUTADOS: abacaxi, maracujá, lima, pêssego, melão, maçã verde, amora, framboesa, morango, groselha, uva passa, etc.
FLORAIS: jasmim, rosa, violeta, dama da noite, camomila, etc.
ESPECIARIAS: aniz, cravo, canela, louro, manjericão, pimentão, orégano, pimenta, etc.
HERBÁCEOS: grama, feno, menta ou hortelã, etc.
ANIMAIS: couro, caça, suor, etc.
MINERAIS: terra molhada, petróleo, etc.
QUÍMICOS E ETÉREOS: acetona, álcool, enxofre, fermento, etc.
AMADEIRADOS: cedro, carvalho, serragem, baunilha, etc.
EMPIREUMÁTICOS: tostado, defumado, café, chocolate, tabaco, açúcar queimado, caramelo, etc.
ADOCICADOS: compota, mel, melado, geléia, etc.
No exame gustativo, a classificação dos gostos é semelhante à utilizada no exame olfativo, ou seja, relaciona-se com o reconhecimento olfativo, porém cinco aspectos são detectados de imediato pela nossa língua: o doce, o amargo, o álcool, a acidez e os taninos.
Identificamos o doce, na área anterior da língua, isto é, na ponta. Percebemos o amargo na parte do fundo da língua. O álcool nos dá a sensação de ardência ou queimação, a acidez estimula a salivação e os taninos lembram a cica dos frutos verdes.
Agora esperamos que você leitor, que conheceu algumas regras de degustação, o simples gesto de levar uma taça de vinho à boca se torne uma experiência divertida, prazerosa e inesquecível para você!
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