São aproximadamente 10 mil tipos de uvas viníferas diferenciadas. Mas apenas algumas delas são geralmente usadas por produtores de vinhos pelo mundo a fora. Os amantes do vinho dão muito valor à variedade da uva, e com razão. Além de ser o ingrediente essencial do vinho, seus aromas, sabores e caráter dependem em grande parte do tipo de uva de que é feito.
O termo “varietal”, relaciona-se ao vinho gerado a partir de um único tipo de uva, ou com percentual predominante de um tipo de uva. Um Merlot, por exemplo, é um vinho varietal, assim como um Chardonnay. Para um vinho ser apontado como um varietal, o percentual de sua uva predominante deve ser de no mínimo 75%. Dependendo das regras da região onde é produzido. Muitas vezes, um percentual baixo de um segundo tipo de uva é utilizado para proporcionar maior riqueza de aromas, sabores ou mesmo, mais estrutura.
Muitos vinhos que são gerados de regiões do assim chamado “Novo Mundo” (basicamente as regiões externas à Europa), são comercializados e vendidos como varietais. Na maior parte da Europa, ao contrário, há regulamentações que especificam as variedades que podem ser usadas em cada região.
Já a expressão assemblage é dita a mistura de diferentes tipos de uva. No processo de produção de um vinho, ao contrário do que ocorre com os varietais, nos quais se utiliza uma única cepa. Um bom exemplo de assemblage são os vinhos feitos na Região de Bordeaux na França. Geralmente feitos com Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc e Merlot, sendo permitido aos Bordeaux, utilizar Petit Verdot,Malbec e Carmenére. A mistura de cepas utilizadas nos assemblage tem como objetivo adicionar novos aromas e sabores ao vinho. Deixando-os mais complexos, ou suaves, dependendo do objetivo esperado. Uvas com taninos acentuados, como por exemplo a Tannat, auxiliam a dar corpo e estrutura a uma uva mais suave como por exemplo o Merlot. Ou a combinação de Syrah e Cabernet.
Uvas na região de Champagne, França.
Na Europa, os vinhos são mais conhecidos pelos lugares em que são produzidos do que pela variedade das uvas e frequentemente são assemblages (ou cortes).
Assim, apesar de muitos vinhos europeus serem feitos a partir das mesmas variedades produzidas em diversas regiões do Novo Mundo. Os rótulos das garrafas ostentarão Borgonha ou Rioja ao invés de Pinot Noir ou Tempranillo e Garnacha.
Esta prática não é ilógica como pode parecer, porque os vinhos adquirem o caráter do local onde são produzidos. O solo, clima e a topografia do vinhedo (ou o terroir), são fatores que afetam o paladar das uvas. E tanto é assim que vinhas da mesma variedade podem produzir vinhos espantosamente diferentes, mesmo que sejam vizinhos próximos.
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