O vinho rosé não costuma ser a primeira escolha de muitas pessoas, mas tem seu espaço reservado na mesa de qualquer verdadeiro(a) apreciador(a) de vinhos no mundo! Versátil, fresco, muito aromático e de fácil harmonização, esse vinho combina muito com o clima tropical brasileiro e é uma ótima opção para aqueles enófilos que só gostam de vinho tinto e acham que o vinho branco não tem espaço. A maioria dos rosés apresenta, como alguns tintos, boa intensidade de frutas vermelhas e um corpo médio que se encaixa às mais variadas ocasiões.
Hoje falaremos sobre como são produzidos, como podem ser harmonizados e daremos dicas de ótimos rótulos para quem quer saborear essa deliciosa bebida rosa!
Principais Métodos de Produção e Uvas
Você sabia que vinhos rosés podem ser produzidos a partir de uvas tintas e brancas? Não existe uma variedade de uva rosé, as uvas utilizadas para a produção desses vinhos são as mesmas que produzem os demais, o que gera resultados diferentes é o método. Assim, existe uma variedade de colorações, sabores, aromas e texturas possíveis a depender do método e da(s) uva(s) utilizada(s) na produção.
O principal método de produção dos vinhos rosés é a maceração curta, no qual o mosto (suco) permanece em contato com as cascas e sementes da uva por um curto período de tempo. O tempo de contato é o que determina o quão intenso será a cor do vinho e, no caso dos rosés, o tempo de maceração, que dura geralmente entre 2h a 20h, é suficiente para extração de cor necessária para elaboração da bebida.
Há ainda outros dois métodos possíveis, o corte – mais utilizado para a produção de espumantes rosé – e a sangria – método raramente utilizado.
Dentre as uvas mais comumente utilizadas para dar origem aos rosés estão a Pinot Noir, Grenache, Merlot, Sangiovese e Syrah. As uvas utilizadas na produção dos vinhos determinam suas características, portanto quando se utiliza Pinot Noir, Grenache e Merlot, os vinhos são mais leves e claros, com cores que lembram pétalas de rosa; já a Sangiovese e Syrah, originam vinhos mais escuros e encorpados.
De onde vêm os melhores rosés?
Enquanto no Brasil os rosés não são tão conhecidos, na Europa eles são os queridinhos! Países como França, Espanha, Itália e Portugal são referências na produção desses vinhos, mas Provence, sul da França, é a região de onde são produzidos os mais amados rosés do mundo! A produção do vinho rosé é mais que uma especialidade da região de Provence; faz parte do estilo de vida de seus habitantes, tanto que esse tipo de vinho representa quase 90% dos vinhos produzidos na região. Apesar de não serem os principais produtores, na América do Sul destacam-se a Argentina e o Chile, que costumam ser mais intensos e escuros do que os de origem europeia.
Quando e onde tomar vinhos rosé?
Por serem vinhos refrescantes, que devem ser servidos a uma temperatura inferior a 10°C e preferencialmente deixados no balde de gelo, a melhor época para degusta-los é durante a primavera e o verão. Ou sempre que sentir vontade! Os rosés são coringas na harmonização, combinam com uma grande variedade de pratos, e também com muitas ocasiões: happy hour, piquenique, celebrações entre amigos(as), à beira mar ou à beira da piscina.
Você pode degustar um bom vinho rosé com todo tipo de massas e molhos, com carnes brancas e frutos do mar, com carnes vermelhas (sim!), com praticamente todos os vegetais, com petiscos, pratos condimentados e sobremesas. Lembre-se de balancear os rosés mais claro, leves e refrescantes com pratos igualmente leves, enquanto os mais escuros, encorpados e tânicos aceitam combinações mais ousadas.
Ficou com vontade de experimentar um rosé depois de ler este texto?
Recomendamos dois rótulos excelentes de Provence: Aimé Roquesante Rosé Côtes de Provence e Miraval Rosé Cotês de Provence; e o melhor rosé brasileiro, em nossa opinião: Vinho Villa Francioni VF Rosé.
Aproveite!