“A Argentina é a bola da vez no mercado brasileiro, ganha cada vez mais destaque no mapa dos produtores de vinhos finos do planeta. Apesar de ter uma história vitivinícola secular, a saga do sucesso do país é muito recente.” Jorge Carrara
HISTÓRICO
Em 1534 colonizadores europeus plantaram as primeiras videiras na Argentina e até hoje continua produzindo vinhos com o mesmo espírito pioneiro.
Nas terras habitadas pelos índios Huarpes, os espanhóis descobriram que a população nativa colhia e cultivava nesse clima desértico. Mesmo assim, foram os Incas os que trouxeram os conhecimentos necessários para dar vida a essa área. A irrigação artificial já era uma prática estabelecida entre os habitantes oriundos do oeste Argentino quando os europeus chegaram.
Os novos colonizadores utilizaram a água do degelo dos Andes para irrigar as áreas que eles desejavam cultivar, fazendo surgir um extenso oásis verde em pleno deserto. No século XIX, a indústria começou a crescer graças aos imigrantes italianos e espanhóis que trouxeram ao país novas videiras e importantes técnicas vitícolas de produção de vinhos. Durante muito tempo, a quantidade superou a qualidade nos vinhedos argentinos.
A introdução de variedades européias como a Malbec, Cabernet Sauvignon, Merlot e Chenin Blanc, melhorou substancialmente a qualidade do vinho argentino.
Consumo: 28,6 litros por pessoa/ano – Fonte OIV 2008
Principais Uvas
Uvas Tintas
Barbera, Bonarda, Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Malbec, Merlot, Pinot Noir, Sangiovese, Tempranillo
Uvas Brancas
Chardonnay, Chenin Blanc, Moscatel, Riesling, Sauvignon Blanc, Torrontés.
A uva Malbec reina soberana. Apresenta coloração intensa, aromas frutados e florais de amora, ameixas e mel. Sua habilidade para amadurecer a perfeição, cria vinhos de uma textura aveludada e duradoura, encorpados, mas com taninos doces.
A variedade Bonarda, originária da região do Piemonte, na Itália, já tem feito grande sucesso. É uma das variedades mais cultivadas , fonte de vinhos saborosos e fáceis de beber.
A Torrontés é a variedade de uva branca mais distintiva da Argentina. Produz um vinho branco frutado e elegante de uma fresca acidez. Constitui um grande atrativo para os jovens bebedores de vinho branco que apreciem o seu caráter frutado e floral.
REGIÕES PRODUTORAS
REGIÃO NORTE – Jujuy, Catamarca, Salta, Rioja e San Juan
A região norte produz poucos vinhos de qualidade e alguns destilados. O grande destaque dessa região é Salta.
Os vinhedos em Salta estão localizados entre 1700 à 3000 metros de altitude e se beneficiam pelo ar frio das alturas. As melhores uvas são a branca Torrontés (vinhos delicados e aromáticos) e a tinta Malbec (vinhos densos e encorpados).
San Juan é uma das grandes áreas de produção do país e faz bons vinhos das uvas Syrah, Malbec e Cabernet Sauvignon.
REGIÃO CENTRAL – Mendoza
Mendoza é a mais importante zona vinícola Argentina, com produção de 75% do total de vinhos do país e 85% dos vinhos de qualidade. Possui vários distritos, tais como: Agrelo, Drumond, Luján de Cuyo, Maipú, Perdriel, Rivadavia, Rodeo de La Cruz, San Rafael e Tupungato.
Mendoza possui 150 mil hectares de vinhedos plantados.
300 mm de chuvas/ano – necessitando de irrigação.
Norte de Mendoza
Altitude: 600- 700m
Vinhos mais frescos e de boa acidez.
Alto do Rio Mendoza
Altitude: 800 – 1000m
Luján de Cuyo, Agrelo, Perdriel, Vistalba e Maipú.
Regiões que produzem os melhores vinhos da Argentina
Valle de Uco
Altitude: 900 – 1500m
Lenta maturação das uvas, o que ocasiona vinhos mais complexos e com excelente acidez.
REGIÃO SUL – Neuquén e Rio Negro (Patagônia)
Seus vinhedos correspondem a apenas 5% da área cultivada no país, mas é considerada uma região promissora, possuindo um clima mais frio.
Uvas principais: Pinot Noir, Malbec, Syrah, Torrontés e Chardonnay.