Portugal é um dos maiores produtores mundiais de vinho. De acordo com informações do Wine Institute, o país tem aproximadamente 180 mil hectares destinados à plantação de uvas que darão origem à bebida. Uma das regiões portuguesas mais tradicionais na produção de vinho é o Alentejo.
Conheça Alentejo e sua história com vinho
Estudos arqueológicos datam a produção de vinho no local desde a época dos fenícios. Mas foram os romanos, que passaram por lá há mais de dois mil anos, que solidificaram a cultura de produção e de consumo da bebida por lá.
No século VIII, os mulçumanos tomaram a região e a tradição da produção vinícola perdeu força. O mesmo aconteceu quando Portugal se tornou oficialmente um reino e a região de Douro foi favorecida em detrimento do Alentejo. Outro percalço aconteceu na época de domínio de Salazar, que tornou a região uma importante produtora de trigo.
Apesar de tudo isso, a vocação para produção de vinho no Alentejo sempre ficou de plano de fundo e a cada oportunidade ressurgia. Foi assim que a região se recuperou após cada um desses desafios e hoje figura entre um dos mais tradicionais – e modernos ao mesmo tempo – produtores de vinho do mundo.
Vinhos de Alentejo
Os vinhos de Alentejo podem ser classificados como Vinho Regional Alentejano (VR) ou rótulos dentro da Denominação de Origem Controlada (DOC) da região, que contempla oito subdivisões: Évora, Portalegre, Borba, Vidigueira, Moura, Reguengos, Redondo e Granja/Amareleja.
A maior parte dos vinhos da região são de corte, ou seja, produzidos a partir de duas ou mais variedades de uvas. Os mais tradicionais são os tintos, mas alguns brancos e rosés também fazem sucesso na região.
Por lá são cultivadas uvas autóctones portuguesas e internacionais e suas variações, como a Alfrocheiro, Castelão, Cabernet Sauvignon e Syrah.
Nas regiões com DOC, 75% dos vinhos precisam ser compostos por variedades autóctones e os outros 25% podem ser de uvas internacionais. As tintas mais cultivadas por lá são Touriga Nacional, Cabernet Sauvignon, Syrah, Tempranillo, Trincadeira, entre outras.
Entre as brancas, figuram Chardonnay, Perrum, Arinto e algumas outras.
Terroir e regiões produtoras
A personalidade produtora de Alentejo se dá, principalmente, pelo terroir e clima favoráveis a essa cultura. Por lá a amplitude térmica é grande, assim como as regiões de planície. Cada uma das oito sub-regiões apresenta uma característica de solo diferente, o que traz a variedade de sabores e aromas para os vinhos. Saiba mais:
Évora: apresenta clima e solo mais árido.
Portalegre: apresenta um clima mais fresco e úmido, o que dá origem a vinhos também mais frescos.
Borba: tem solos xistosos e conta com mais chuva e menos sol do que as outras regiões.
Vidigueira: tem o clima mais temperado de todos e solo com xisto e granito.
Moura: é mais continental e por isso apresenta maior amplitude térmica.
Reguengos: também tem clima continental e abriga os vinhedos mais antigos do Alentejo.
Redondo: apresenta invernos bastante frios e verões ensolarados, além de solo com xisto e granito.
Granja/Amareleja: apresenta um clima árido e solos mais pobres, porém ricos em xisto.
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