Mulheres e Vinhos: uma combinação perfeita de conhecimento, luta e paixão

As mulheres estão cada vez mais presentes no mundo dos vinhos, consumindo, produzindo e conhecendo a bebida. 

Desde a Madame Clicquot, conhecida como “a Grande Dama de Champagne” ou mais comummente Viúva Clicquot, foi uma empresária francesa do ramo de bebidas, até profissionais contemporâneas como Susana Balbo, produtora de vinhos argentinos e Suzana Barelli, jornalista, socióloga e colunista de vinhos do jornal O Estado de S. Paulo. fazem contribuições e inovações que têm sido fundamentais para a popularização e qualidade dos vinhos ao redor do mundo.

Saiba mais sobre o vinho argentino Susana Balbo

Para saber mais desta relação entre mulheres e o vinho, continue sua leitura. 

Desmistificando Estereótipos

As mulheres têm uma longa história de envolvimento com o vinho e estão derrubando o mito de que é uma bebida apenas para homens. 

Elas representam 50% dos alunos em cursos de sommelier e têm consumido cada vez mais vinhos. Estudos mostram que o vinho traz benefícios à saúde feminina, como proteção contra câncer, controle da pressão alta e diabetes, prevenção do Alzheimer e osteoporose, e melhora da atividade sexual. 

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Jancis Robinson, por exemplo, é uma das mulheres mais importantes do mundo do vinho, responsável pela seleção de vinhos da rainha da Inglaterra e a primeira mulher fora do negócio do vinho a obter o título de Master of Wine.

Hoje, o cenário vitivinícola mundial está mudando para incluir ainda mais as mulheres.

Preferências e sabores

As mulheres buscam emoções imediatas em termos de sabores ao consumir vinho, sendo o tinto o favorito, mas também se interessam pelos brancos mais frutados e leves e os rosés equilibrados. 

As brasileiras consomem mais vinhos tintos, como o Cabernet Sauvignon, Merlot e Zinfandel. Eles variam em sabores, aromas e intensidades, atendendo a diferentes preferências e níveis de experiência na apreciação de vinhos. 

A escolha varia de acordo com o gosto pessoal de cada uma, não havendo regras fixas.

Curiosidade desta relação de vinho e mulheres

Já ouviu falar em Gabriela Benicio? Ela é uma paulistana que se tornou sommelière na França e foi reconhecida pelo Guia Michelin no quesito Sommellerie, que reverencia personalidades por sua transmissão de conhecimento no serviço de vinhos, em 2023.  

Ela e sua sócia, Amélie Darvas, comandam o restaurante Äponem em Veilhan, onde cultivam seus próprios vegetais e priorizam produtores locais e independentes de vinhos. Seu restaurante também foi reconhecido pelo Guia Michelin por seu restaurante sustentável e com impacto social.  

O restaurante oferece uma experiência gastronômica sensorial com um menu cego, e todas as funcionárias recebem o mesmo salário. Benicio busca inspirar outros negócios a adotarem um modelo mais humano e igualitário de trabalho.

Nos últimos anos, mais mulheres têm ocupado cargos importantes na indústria do vinho, como enólogas, sommeliers e donas de vinícolas. No entanto, o machismo ainda é um problema presente na realidade dessas mulheres. 

A diversidade de preferências e sabores entre as mulheres reflete a riqueza e a complexidade do mundo do vinho, tornando-o ainda mais interessante e acessível a todos. 

É inspirador ver mulheres como Gabriela Benicio e Amélie Darvas liderando o caminho no mundo da sommellerie e da gastronomia, mostrando que é possível criar experiências únicas e sustentáveis no universo dos vinhos. 

A presença feminina no mundo dos vinhos só tende a crescer, trazendo novas perspectivas e contribuições valiosas para essa indústria tão apaixonante.